segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Trechos: O Demonologista



Título original: The Demonologist
Autor(a): Andrew Pyper
Ano: 2015
Editora: Darkside Books
Páginas: 320
 
 
"A mente é onde eles habitam, e nela
Podemos fazer do inferno um paraíso,
do paraíso um inferno."
...
"The mind is its own, and it itself
Can make a heaven of hell, a hell of heaven."
(Paraíso Perdido, John Milton, pág. 23)


"Um especialista do nada. Um vácuo que anda e fala." (pág. 25)


"Ser errante implica uma ausência de propósito." (pág. 29)


"Algumas vezes as pessoas fecham a porta porque estão tentando encontrar uma maneira de fazer você bater nela." (pág. 43)


  • pág. 71 a 71: primeiro contato;
 
"Um grito de encorajamento dirigido a mim, também um forasteiro que buscava a vitória não pelo otimismo, mas pela negação. Decidi que iria dedicar-me a fazer a defesa desse personagem, desse Satã, como faria a mim mesmo, também caído, também solitário." (pág. 176)
 
 
"Platão, penso nisso agora, definia 'daimon' como 'sabedoria'. O poder demoníaco procede não do mal, mas do conhecimento das coisas." (pág. 177)
 
 
"No Velho Testamento, satãs (pois os registros da palavra vêm sempre no plural) são como guardas na Terra, colocando à prova a fé dos homens em sua capacidade de serem servidores devotos de Deus. Até no Novo Testamento, o próprio Satã é uma das criações de Deus, um anjo que se extraviou. Como? Pelo abuso da sabedoria. Não foi a partir da escuridão que o Anticristo se formou, mas a partir da inteligência. Presciência." (pág. 177)
 
 
"Erro por esse deserto sombrio, pois meu caminho
Jaz através de seu império espaçoso até a luz
Sozinho, e sem guia, meio perdido, eu busco."
...
"Wandering this darksome desert, as my way
Lies through your spacious empire up to light
Alone, and without guide, half lost, I seek..."
(John Milton)
 
 
"Mover-se assim, sem rumo, é o mais perto que os vivos podem chegar dos mortos (...) Despercebido e ausente como um fantasma." (pág. 95)
 
 
"Eis outra característica de um ser errante: emoções tão grandes que requerem superstições para explicá-las (...) O medo - da morte, da perda, de ser abandonado - é o gênese da crença no sobrenatural." (pág. 96)
 
 
"E não sinto quase nada (...) Mas 'ter saudade', 'estar de luto', admitir que se está de 'coração partido' são termos tão inadequados que beiram à ofensa. Não se trata de encontrar uma maneira de seguir em frente. Não se trata de ficar com raiva de Deus. Trata-se de morrer. De querer estar morto." (pág. 97)
 
 
"Como a verdadeira liberdade poderia ser. Sem regras, sem vergonha, sem amor para conter você. Liberdade como um vento frio pelos campos. Como estar morto. Como não ser nada (...) A liberdade de não ser absolutamente nada." (pág. 186)
 
 
"Pelo outro lado elevou-se Belial, em gesto mais gracioso e humano;
Ninguém tão belo parecia ter perdido o Paraíso;
Feito com tamanha dignidade e bravura:
Mas tudo era falso e vazio." (pág. 253)
 
 
"Todo bem para mim está perdido;
Mal, sejas tu o meu Bem."
...
"All good to me is lost;
Evil, be thou my Good." (pág. 308
 
 
"Acrescente ao teu conhecimento ações louváveis, acrescente a fé, a virtude e a paciência, a temperança, acrescente o amor, chamado no futuro caridade, alma de tudo o mais; então não te lastimarás de deixar este Paraíso, porque possuíras em ti mesmo um paraíso muito mais feliz." (John Milton)


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